domingo, 2 de maio de 2010

SANTARENSE - Artigos

Que futuro para Santar!...

Costuma-se dizer que dos fracos não reza a história.

Vem a propósito que SANTAR, uma terra cheia de história, pois segundo os dados recolhidos, data dos primórdios da nacionalidade.

Através dos tempos, graças à nossa localização geográfica, com solos agrícolas excepcionais, desde a montanha a toda uma planície, que vai desde Lobelhe até ao Pisão, aqui se concentram os senhores feudais, que ocuparam todos os terrenos férteis, hoje praticamente abandonados, há excepção dos cerca de 200 hectares de vinha ao considerarmos o vinho, o ouro da nossa freguesia.

O turismo ainda em fase embrionária que vai dando passos para ser o turismo de SANTAR.

Mas vamos pela história:

Como é do conhecimento, aqui se concentraram grandes casas senhoriais, fazendo parte do grande património histórico da nossa vila, assim como a ponte romana, o caminho romano, hoje conhecido como o caminho da Abeçada, que foi praticamente destruído, para passagem do saneamento que hoje não funciona e ninguém pediu explicações por esse atentado ao nosso património, inserimos a misericórdia, as capelas, que se encontram em casas privadas, as lagaretas, a monumentalidade do paço, com a sua envolvência hoje recuperado.

Este é o nosso passado histórico, todos os que não dignificam a sua história não têm futuro.

O Futuro:

Nós, SANTARENSES, temos que trocar a reunir esforços pelo futuro. O horizonte desenha-se muito nublado para SANTAR, estamos a assistir de uma forma passiva ao desmantelamento dos meios necessários, para garantir qualidade de vida e vontade de viver na nossa terra.

Vejamos alguns casos concretos, isto passa muito pelo poder político, pois quando chegam a SANTAR, dizem que é a sala de visitas do concelho, mas na realidade nada fazem para seu desenvolvimento.

Começamos pela escola primária, a quando da criação da carta educativa, existia um esboço para a criação de três centros educativos, Nelas. Canas e SANTAR, acontece porem, que por falta de peso político, observamos hoje que não constamos no projecto para a construção desse centro em SANTAR, mas sim em Senhorim, porquê?

Vamos ao posto médico, dentro de dez anos, aproximadamente, vamos ficar sem posto médico, por inerência à farmácia, os correios encontram-se num marasmo sem aproveitamento, o que nos podia servir como posto de turismo.

Creio que no ano de 2004, foi aprovado o programa de aldeias, da qual tenho em minha posse uma cópia, não foram executadas metade dessas obras, para onde foram gastas as verbas de 350.000,00 €, para a conclusão das mesmas!

Já que estamos a falar em projectos de aldeia existem neste momento, 500 Milhões de euros, que é o valor total do investimento público e privado que decorre até 2013, que visa promover o turismo sustentável na Beira Interior, nomeadamente através dos programas aldeias históricas.

Estarão as entidades responsáveis atentas para se candidatarem, ou estarão distraídas, uma vez que SANTAR está inserida neste contexto.

Ainda por último, um reparo ao Bairro do Paço, ou mais conhecido pelo Bairro da Boiça, com uma degradação completa onde existiu um parque infantil, que tanta falta faz à nossa freguesia, e hoje apenas existe um monte de entulho.

São alguns destes factores que não abonam na fixação de casais jovens na nossa freguesia, uma terra que não dá qualidade de vida aos seus cidadãos, está condenada à desertificação.

Celso Pais Gaudêncio

P.S. – Em meu nome pessoal congratulo-me pela tomada de posição na organização de fundos, pela ACI, pelo incêndio que deflagrou na casa do Tó Maurício.

A todos, um muito obrigado.

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